História
A história de Québec: a “descoberta” do Canadá
A cidade de Québec é, sem dúvidas, uma das cidades mais belas e charmosas das Américas. Essa cidade possui mais de 485 anos de história. Venha comigo conhecer um pouco mais da Ville de Québec.
Québec é uma das mais belas províncias do Canadá. Além disso, Québec possuí uma charmosa cidade que leva o mesmo nome e que é Patrimônio Mundial da Unesco. É conhecida como a província de língua francesa do Canadá. Mas como tudo isso começou?
1534 – A “descoberta” do Canadá
Em 20 de Abril de 1534, duas embarcações saem de Saint-Malo, na França. Seu objetivo: encontrar uma nova rota para a China. A tripulação dessas embarcações é composta por 61 homens. Depois de passar por várias ilhas (como a Ilha do Príncipe Eduardo), em 2 de Julho de 1534, Jacques Cartier (1491-1557) “descobre” o Canadá, onde hoje é a província de Nova Brunswick. Em 7 de Julho de 1534, vários indígenas Micmacs vão ao encontro de Cartier e sua tripulação querendo fazer trocas. Eles estavam agora na região de Gaspésie. E é somente em 24 de Julho de 1534 que, em nome do Rei da França (François Première), Cartier declara essas “novas” terras Território Francês.
No entanto, assim como em todo o continente Americano, os povos indígenas, conhecidos como “Primeiras Nações” no Canadá, já habitavam essas terras. E mesmo antes de 1534, há indícios de que ingleses, portugueses e até mesmo povos nórdicos tenham estado aqui. Esses últimos pelos anos 900 DC.
Quanto ao “descobridor oficial” do Canadá, assim como no Brasil temos Pedro Alvares Cabral, em 1500, temos Giovanni Caboto (John Cabot para os ingleses e João Caboto para os portugueses), um navegador veneziano a serviço da coroa inglesa, em 1497 ou 1498. Ele teria descoberto o que hoje é a região de “Terra Nova”. Mas é Jacques Cartier que entraria para o hall da fama da descoberta do Canadá. É ele quem iria adentrar nas terras continentais do Canadá.
Em seu diário de bordo, Jacques Cartier, escreve que em 24 de Julho de 1534, após fincar uma cruz em Gaspé, o chefe de uma das Primeiras Nações, Donnacona, juntamente com três de seus filhos e um de seus irmãos, se aproximou de barco de sua embarcação. Segundo Cartier, “ele nos fez um grande discurso, nos mostrando a cruz e fazendo o sinal da cruz com dois dedos.”
Esse e outros pontos são indícios da presença de povos ditos cristãos no local que então seria chamado de Nova França. No entanto, isso é uma discussão para outro artigo. Nosso objetivo aqui é saber a história da cidade de Québec.
Pouco após a cena declarada anteriormente, ainda na embarcação de Cartier, depois de conquistarem a confiança de Donnacona, Jacques Cartier e sua tripulação tentam explicar para o chefe indígena que ele gostaria de levar com ele dois de seus filhos para a França e trazê-los na próxima viagem. E assim foi, provavelmente sem entenderem bem o que estava acontecendo, talvez pensando que se passariam apenas alguns dias, Domagaya e Taignoagny, filhos do chefe Donnacona rumaram ao desconhecido.
Jacques Cartier ruma ao norte de Gaspé. Não achando o esperado caminho para a China, é decidido retornar para a França. Sem perceber, Jacques Cartier havia chegado à entrada do Rio Saint-Laurent (São Lourenço). Em 15 de Agosto os franceses saem do refúgio de Blanc-Sablon em direção a Saint-Malo, França. Chegam 20 dias mais tarde – em 5 de Setembro de 1534, levando consigo a “prova” de novas terras, os indígenas Domagaya e Taignoagny. Para você ter uma noção de rota deles, fiz um mapa (mal feito, mas dá para entender) com a rota (a rota é uma aproximação).
Durante a viagem para a França, bem como durante sua estadia lá, Domagaya e Taignoagny aprendem o Francês. Eles contam a Cartier que existe um rio (o Saint-Laurent) que leva a um reino misterioso – o Reino de Saguenay. Jacques Cartier fica empolgado. Ao apresentar os nativos ao Rei da França, François I, Cartier mostra as possíveis vantagens de uma nova expedição ao Novo Mundo. O Rei autoriza uma nova expedição, consideravelmente maior que a outra, agora com três navios: a Grande Hermine, a Petite Hermine e o Émérillon.
Bibliografia
. Livro Histoire Populaire de la Nouvelle France. Edição EPUB de 2019. Escrito por Jacques Lacoursière.
. Livro Le Viex-Québec. Edição EPUB. Editora Septentrion. Autor: Jean-Marie Lebel.
Outras fontes secundárias também foram usadas para escrever o artigo como artigos da Wikipédia, documentários e sites de museus.
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