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História

11 de Novembro: Jour du Souvenir no Canadá

Por quê vemos vários políticos e personalidades canadenses usando um broche de florzinha vermelha no mês de novembro? Tudo tem a ver com o Jour du Souvenir.

Fábio De Almeida

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Flor vermelha símbolo do Dia da Lembrança

A Primeira Guerra Mundial, resultado das profundas transformações que aconteciam na Europa, foi um marco na história da humanidade, tendo sido a primeira grande guerra do século XX.

Iniciada em 28 de julho de 1914, estendeu-se até 11 de novembro de 1918 quando, às 5h da manhã, em um vagão de trem na cidade francesa de Compiègne, foi assinado o armistício (cessar-fogo) entre a Alemanha e os países Aliados.

“Às 11 horas do 11º dia do 11º mês”

É exatamente neste horário que o cessar-fogo entra em vigor selando o fim do conflito que deixou um rastro de sangue, com cerca de 17 milhões de mortos entre soldados e civis, além de 20 milhões de feridos.

Instaurado em 1919 como “Jour de l’Armistice” (en: Armistice Day) na maior parte do Império Britânico, em 1931 o governo canadense decreta que ele passaria a ser denominado oficialmente como “Jour du Souvenir” em francês (en: Remembrance Day; pt: Dia da Lembrança).

Embora não seja feriado nacional, é um dia de recolhimento. Nas cerimônias oficiais, observa-se dois minutos de silêncio durante os quais interpreta-se a « Dernière sonnerie » (en: Last Post) com uma corneta (fr: clairon), seguida da recitação do poema “Au champ d’honneur” (In Flanders Fields), escrito em 1915, portanto ainda durante a Primeira Guerra, pelo médico canadense e Tenente-Coronel John McCrae. O poema faz referência às flores que cresciam abundantemente nos campos onde eram enterrados os soldados que perdiam suas vidas nas batalhas.

Porquê dois minutos de silêncio?

A primeira vez que foram feitos os dois minutos de silêncio foi na Grã-Bretanha, quando o Rei George V pediu ao povo para observá-lo às 11h do dia 11 de novembro de 1919 como forma de reconhecimento pela bravura dos mortos durante a guerra: “The thoughts of everyone may be concentrated on reverent remembrance of the glorious dead” (“Que os pensamentos de todos possam se concentrar reverenciando a lembrança dos mortos gloriosos”, em tradução livre).

O Coquelicot (The Red Poppy), símbolo do “Jour du Souvenir”

A Coquelicot é uma florzinha vermelha, conhecida em português brasileiro como “Papoula”. Ela era muito observada crescendo nos campos de batalha da Primeira Guerra Mundial. Como um símbolo de morte, mas também de renascimento e renovação, a Papoula remonta às Guerras Napoleônicas, no século XIX. As suas sementes podem permanecer por anos dormentes no solo, germinando e florescendo quando este é remexido.

E foi exatamente isso que aconteceu quando as trincheiras da artilharia começaram a ser escavadas, ainda no final de 1914. Logo, os campos de Flandres, na Bélgica, e do norte da França foram tomados rapidamente por Coquelicots.

As Coquelicot, ou “Papoulas”.

A primeira pessoa a usar uma Coquelicot como um símbolo de lembrança da Primeira Guerra foi a professora Moina Belle Michael. Inspirada pelo poema do tenente-coronel John McCrae, In Flanders Fields, Moina jura “sempre portar um coquelicot dos campos de Flanders em símbolo de recordação” para “guardar no fundo da alma o gosto de viver em liberdade.”

A tradição do Coquelicot é parte da tradição do “Jour du Souvenir” em todos os países da Commonwealth.

Fontes e Referências

https://www.bbc.co.uk/newsround/15492752

https://legion.ca/fr/souvenir/jour-du-souvenir

https://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_da_Lembran%C3%A7a

https://baianosnopolonorte.com/oh-canada/remembrance-day-o-dia-de-honrar-os-veteranos/

https://www.museedelaguerre.ca/premiereguerremondiale/histoire/apres-la-guerre/se-souvenir/jour-du-souvenir/

https://www.veterans.gc.ca/eng/remembrance/battles-and-stages/battle-of-vimy-ridge/road-to-vimy/vimy1a

https://www.thecanadianencyclopedia.ca/fr/article/coquelicot-du-jour-du-souvenir

Como diz a Mocidade, "sonhar não custa nada e o meu sonho é tão real..." Sou um resiliente imigrante e commis pra toda obra. Não rir e não tomar sustos são meus maiores desafios. Se creio em algo? Claro, em você ser humano. Defeitos? Só um, ser flamenguista. Isso não é defeito? Então sou a perfeição em forma de Fábio! Faça o bem, não importa como, quando, onde e a quem. Apenas faça o bem.

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